Ainda sobre o amor
O Amor é mistério
É desproporcional
Mas vai nos lapidando
Não há mais gestos de indiferença
Como ganhar novo sentido
Mesmo agonizando no degredo
Ou florescendo a cada manhã
Se na palidez dos dias faz morrer
No fervor da noite avassala
Quão escrúpulos infindáveis
Orbitamos....e daí?
Incontrolável, não inconsciente
Luz a nos desamargurar
O canto da sereia
Rosto sem máscara
Dignidade quase secreta
Que nos empurra para a vida.