Somente diamantes
Então a gente emerge de um oceano
Profundo e solene chamado sono
Um sonho denso e repleto de trevas
E poros e poços repletos de luz
E de repente se cobre com um pano
Imundo e leve, quente e longo
De um brilho intenso e completo de manchas
Que não se larga do corpo jamais
Subitamente o sonho não é mais adormecido
Mas sim bem vivo em nossos corpos
Que sofrem, quentes, os males, torpes
Do tecido sujo que brilha demais
Infelizmente, surgem os gritos
Que torcem os ossos e quebram os vidros
Correm com o tempo e param os passos
E no fim desenlaçam os braços
E finalmente cortam-se os dedos
E resta a lembrança do último toque,
O último beijo, o último apelo
E o pedido recusado de reconciliação