VERSOS DESLUMBRADOS

Quando te vejo eu sou tripulação de uma embarcação completamente sideral

Um ermo universo colossal querendo o sol que há em ti

Análogo do mais mágico existir, indevassável arsenal

Um homem que levita sobre o bem e o mal, no teu néctar a explodir!

E no silêncio de teu sono, tu corpo é o show que me imobiliza

Como um alvorecer numa enseada de Ibiza, iluminada como as praças de Paris

Quem é essa com quem o meu juízo não condiz? Decerto é quem me realiza

Soma de Diana e Monalisa, Vênus que me estonteia a cerviz!

Sou homem triturado quando a lida me retira sem ter dó

Não fosse o motivo de força maior, nada de ti me ausentaria

Parado eu ficaria, observando a adormecida sublimidade maior

Lençóis molhados de prazer e de suor, meu vinho nobre e pão de cada dia!

Eu pago frete e corro pelos pântanos, ponho as argolas de Saturno no teu dedo

Semeio acácias aos pés de teu segredo e rego esse insolente exagero sedutor

Tu és vital ao meu vigor, um raio amante pelo mais aventurante pesadelo

Não há carência nem receio ante a fortuna que é dispor de teu amor!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 06/02/2009
Reeditado em 01/10/2012
Código do texto: T1424896
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