Folhas mortas

E o Sol resplandecia na serena manhã
De verão, no alto jazia o estridente canto
Da seriema, no campo devastado, mas,
Doirada era a vida e sua paixão, doce
O sorriso de quem amava e era amado.

Entre fendas, angariava a sobrevivência,
No chão escalavrado, caminhava entre bananeiras,
Subia e descia ladeira, nada havia galgado,
Apenas sapiência à vida cotidiana engajada.

Tropeçava à torpe pedra e sem medo da queda,
Preparava-se para cair, adentrava no bosque
Das ilusões perdidas em busca da felicidade
E via nas folhas mortas reveladas emoção ferida.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 06/02/2009
Reeditado em 09/02/2009
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