O POETA IMORTAL
Não sou eu que escrevo pra te
E sim o poeta que habita em mim
São deles os olhos que brilham por te
É dele o sorriso que manifesta ao seu rir.
Não sou eu quem delira por te
E sim o poeta que habita em mim
É ele quem viaja
Ao te ouvir.
Não sou eu que existo por te
E sim o poeta que habita em mim
É ele que volta a poesia
Ao teu existir.
Não sou eu quem sonha por te
E sim o poeta que habita em mim
E que admira todos os dias o teu caminhar
E te olha todas as noites a passar.
Não sou eu quem ama a te
E nem o poeta que habita em mim
Pois apenas humanos amam
E poetas são imortais
Não têm coração
E sim algo frágil e sensível
Como as gotas de orvalho matinais
E o que neles habitam
Vai alem do amar dos mortais.