RAINHA DE MINHA VIDA
Fico pensando de meu mundo o que seria se n’algum dia tua imagem me faltasse;
Seria como se o azul do mar evaporasse, como se dá com a raiz dos solos áridos;
Igual península de atributos vários, a quem, porém, o verão se negasse;
Se teu fascínio por aqui não desfilasse, brisas seriam insípidos hálitos!
E já não haveria sequer o referencial para a noite e o dia;
A manhã se esfriaria e correria ao cobertor sem luz da noite desolada;
Canção nenhuma se ouviria propagada e uma mordaça castraria a poesia;
Nem mesmo a vida viveria perante tua imagem ausentada!
Eu posso imaginar como seriam montanhas soterradas pelo chão;
Faço questão de afirmar que um mundo sem o ar até seria crível;
Mas se presumo o supremo e indescritível caos de absoluta solidão;
Eu chego à conclusão que sem tua feição minha existência é impossível!