AMOR PERANTE O MAR
Diante do mar eu me encontro justo agora;
Então me aflora esse conjunto numeroso de questões;
Como entender esse mirante de imensas perfeições? Os dois azuis nesse beijar de infinda glória?
Quem pintaria essa história criando comparáveis seduções?
Quem dissiparia suas junções ou lhe faria equiparações perante o que haja mundo a fora?
O mar projeta em meus pulmões certo cheiro de felicidade;
E essa paz indescritível que me invade, donde lhe vêm os rudimentos?
Seriam seus verdadeiros fundamentos oriundos de átrios mui além da imensidade?
Tamanha afinidade com a tranqüilidade me faz te relembrar nesses momentos!
Sigo a me comover ao léu dessas indagações a me mover;
Queria compreender a magnitude de todos os contrastes que aqui me ocorrem;
Cenas que nascem e outras que morrem, vultos da pujança e outros a fenecer;
Para as ondas muitos a correr e delas também outros tantos que fogem!
O mar está diante de mim, mas eu confesso que avisto o teu olhar;
E insisto a me perguntar: como se dá esse princípio de aparência que não finda?
E a gota salgada que na pedra respinga, como deslumbra sem nunca se cansar?
O que fizeste para eu tanto te amar? Como consegues ser tão linda?