DO MEU AMOR ÀS MULHERES
Um dia a seda ganhou vida e a brisa delicada não mais teceu somente os meros ares;
Olhos passaram a ter paladares e todo espetáculo se tornou um modo de lhe aludir;
Curvas que parecem poesias a eclodir, emoções dos alicerces aos máximos andares;
E despontou dentre os fascínios espetaculares a imagem da mulher a emergir!
Flores são possíveis no deserto se nele houver uma mulher;
Consegue tudo quanto quer, sem armas ou exércitos impera imponente;
Desfila maviosamente, sua vaidade inerente é envolvente a todo encanto que a requer;
Sua força e sua fé desenham os tantos sonhos de sua mente!
Mulheres deságuam paixões com as mesmas seduções do inesgotável ribeirão;
Ganhar seu coração é privilégio exclusivo dos hábeis amantes;
Detalhes com requintes cativantes, carinhos excessivos em vazão;
Despertam a sua emoção, promovem laços delirantes!
Com tratos refinados e instantes mesclados à fúria dos prazeres;
Alimentemos com poéticos dizeres todas as asas de suas fantasias;
Elas merecem o ápice das alegrias por serem os mais fascinantes dos seres;
Agrademos com gentis afazeres, brindando seu ego criança, mimando seus dias!
Amar uma mulher é qual regar jardins suspensos dentre notas de alaúdes;
Julgar as suas atitudes requer a lógica de uma jurisprudência intuitiva;
Quando ela explode vingativa, suas próprias cicatrizes lhe são mais rudes;
Paixões inundam seus açudes, um mar é pouco para sua carência afetiva!
São deusas do colo, a mão que lhe toca e a voz que lhe fala não podem agredir;
Num minuto a chorar e logo mais a sorrir, são divas da instabilidade;
Flores e vinhos para sua sensibilidade e um eterno Dum Juan a lhe assistir;
Um beijo protetor a lhe encobrir e um amor inebriante em cada fim de tarde!