DO MEU AMOR ÀS MULHERES

Um dia a seda ganhou vida e a brisa delicada não mais teceu somente os meros ares;

Olhos passaram a ter paladares e todo espetáculo se tornou um modo de lhe aludir;

Curvas que parecem poesias a eclodir, emoções dos alicerces aos máximos andares;

E despontou dentre os fascínios espetaculares a imagem da mulher a emergir!

Flores são possíveis no deserto se nele houver uma mulher;

Consegue tudo quanto quer, sem armas ou exércitos impera imponente;

Desfila maviosamente, sua vaidade inerente é envolvente a todo encanto que a requer;

Sua força e sua fé desenham os tantos sonhos de sua mente!

Mulheres deságuam paixões com as mesmas seduções do inesgotável ribeirão;

Ganhar seu coração é privilégio exclusivo dos hábeis amantes;

Detalhes com requintes cativantes, carinhos excessivos em vazão;

Despertam a sua emoção, promovem laços delirantes!

Com tratos refinados e instantes mesclados à fúria dos prazeres;

Alimentemos com poéticos dizeres todas as asas de suas fantasias;

Elas merecem o ápice das alegrias por serem os mais fascinantes dos seres;

Agrademos com gentis afazeres, brindando seu ego criança, mimando seus dias!

Amar uma mulher é qual regar jardins suspensos dentre notas de alaúdes;

Julgar as suas atitudes requer a lógica de uma jurisprudência intuitiva;

Quando ela explode vingativa, suas próprias cicatrizes lhe são mais rudes;

Paixões inundam seus açudes, um mar é pouco para sua carência afetiva!

São deusas do colo, a mão que lhe toca e a voz que lhe fala não podem agredir;

Num minuto a chorar e logo mais a sorrir, são divas da instabilidade;

Flores e vinhos para sua sensibilidade e um eterno Dum Juan a lhe assistir;

Um beijo protetor a lhe encobrir e um amor inebriante em cada fim de tarde!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 03/02/2009
Código do texto: T1420061
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