Um
Queria tanto soprar ao vento
O que me invade a alma,
me enleva, enobrece e modifica!
Queria tanto não falar
Da flor como metáfora;
Não iludir, não me iludir
Por entre linhas
E palavras figuradas!
Sei que assim se cumpre o fato
E que os quereres de hoje
Ocupam os espaços
Dessa minha evolução,
Alcançam e povoam a incosciência
De um outro coração,
Aqui, agora ou além,
Distante deste medo!
Vou voando pelos céus da humanidade
E neles, quando chegar o momento,
verei surgir então
As notas da canção que um dia fiz.
Direi: Valeu à pena
A minha, a tua espera;
Dá-me tua mão,
Dança comigo a música da eternidade;
Vem, junta tua luz
à minha que te espera
E sejamos
UM
Pelo infinito!