AMOR SEJA COMO FOR

No que me acho estou pensando que me desencontrei;

Na ignorância do que sei, estou voando atrelado a subsolos;

No abrir dos poros sinto a desertificação que me tornei;

E quando descansei, ali doei meus sacrifícios e esforços!

Nas tarjas do sorriso eu publiquei panfletos de um sofrer;

No sol do anoitecer eu conquistei os meus troféus de infortúnio;

Cerrado o meu punho, com palmas estendidas a me verter;

Nas secas do chover eu plagiei fracassos de reinante cunho!

Sem ter minha conquista eu derrotei a bancarrota que vingou;

E fui tudo o que sou exatamente ao desatar as asas de meus pés;

Tornei-me idas e revés, folguei na estiagem que me afogou;

E quando a liberdade me aprisionou, olhei meu peito e te vi no através!

Nem me pergunte como faço para me deliberar;

Não sei o que é sarar, já vivo o bem sangrado dessa aliviante dor;

Passageiro e condutor, embarcação e mar;

Esse sou eu a te amar, esse sou eu sem teu amor!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 02/02/2009
Código do texto: T1418346
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.