AMOR SEJA COMO FOR
No que me acho estou pensando que me desencontrei;
Na ignorância do que sei, estou voando atrelado a subsolos;
No abrir dos poros sinto a desertificação que me tornei;
E quando descansei, ali doei meus sacrifícios e esforços!
Nas tarjas do sorriso eu publiquei panfletos de um sofrer;
No sol do anoitecer eu conquistei os meus troféus de infortúnio;
Cerrado o meu punho, com palmas estendidas a me verter;
Nas secas do chover eu plagiei fracassos de reinante cunho!
Sem ter minha conquista eu derrotei a bancarrota que vingou;
E fui tudo o que sou exatamente ao desatar as asas de meus pés;
Tornei-me idas e revés, folguei na estiagem que me afogou;
E quando a liberdade me aprisionou, olhei meu peito e te vi no através!
Nem me pergunte como faço para me deliberar;
Não sei o que é sarar, já vivo o bem sangrado dessa aliviante dor;
Passageiro e condutor, embarcação e mar;
Esse sou eu a te amar, esse sou eu sem teu amor!