LEMBRANÇAS
Distante ficou o amor que na frondosa
Árvore anunciava o verão.
Ventos alísios que agitavam a poeira
E de pó cobriam a imensidão.
O amor já não fecunda o espírito
A poesia já não abriga a canção
E brota no peito a trágica angústia
Diante de sua brutal anunciação.
Os homens falecem, no terreno fértil
Queima a araucária, matam as aves,
Assoreiam-se os rios, desnorteiam-se
Pescadores e explodem aeronaves.
Ah, meus vinte e poucos anos!
Lá o homem contemplava a vida
O lavrador tirava o joio do trigo
E havia serpentes que nos amavam
Tu também és responsável pela trágica
Miséria do homem, poeta! Pela perda
Da amada, pela criança abandonada,
Pela jovem palmeira que bóia no oceano,
E pela a reunião dos morcegos nas cavernas
Em busca do nada.
Distante ficou o amor que na frondosa
Árvore anunciava o verão.
Ventos alísios que agitavam a poeira
E de pó cobriam a imensidão.
O amor já não fecunda o espírito
A poesia já não abriga a canção
E brota no peito a trágica angústia
Diante de sua brutal anunciação.
Os homens falecem, no terreno fértil
Queima a araucária, matam as aves,
Assoreiam-se os rios, desnorteiam-se
Pescadores e explodem aeronaves.
Ah, meus vinte e poucos anos!
Lá o homem contemplava a vida
O lavrador tirava o joio do trigo
E havia serpentes que nos amavam
Tu também és responsável pela trágica
Miséria do homem, poeta! Pela perda
Da amada, pela criança abandonada,
Pela jovem palmeira que bóia no oceano,
E pela a reunião dos morcegos nas cavernas
Em busca do nada.