Papel

Papel

Quem é aquele pedaço? Que ninguém deveria ter rasgado

O que teria feito ele? Quem o teria amado?

Mais deve ter sido rasgado, ao certo ele não teria se desintegrado.

E hoje ele é vago. feio, amassado e rabiscado.

Certa vez uma criança o leu na frente de um quadro. Não estava amassado

Depois tropeçou no lixo, mais voou, acabou de lado

No colo do vento forte se sentiu um filme mudo inacabado.

Era um amigo que o havia carregado. E nada havia cobrado, daquele papel rasgado.

Não lhe disse muito obrigado, apenas o prometeu uma linha de agrado. Caso fosse reciclado

Já fui papel inteiro, hoje sou da forma que tu me leva.

Sua mãe havia sido papel de carta no passado, já ultrapassado.

E havia se desiludido das frases sem sentido e copiadas que levava em tristeza

O pai era rico, foi papel toalha, respeitado e nem sempre usado, raramente saia da prateleira, somente em caso de resfriado, quem dera pai tivéssemos mais contato.

E assim o papel continuava sua vida, ainda rasgado e agora ate manchado.

E leva consigo palavras incompletas, e frases inacabadas dos rascunhos do passado.

jhonny

alanjhonny79@hotmail.com

Alan jhonny
Enviado por Alan jhonny em 01/02/2009
Reeditado em 01/02/2009
Código do texto: T1417071
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