INSEGURANÇA

Tu és o meu passado

Que desfolha a solidão,

No arco sereno da fronte,

Vou penetrar na escuridão.

Essa sombra tão vazia,

Insistente em me desiludir,

Penetrando sorrateiramente,

Na decisão do meu porvir.

Vou buscar o meu amparo,

Nas bordas dalgum vento,

Contatar com alguma alma,

Que se equipare ao pensamento.

Nessa hora tão macia,

Apenas o deleite há de vir,

Misturado ao dos prazeres,

Que ainda hão de insistir.

Se me faltarem essas fontes,

Precisarei de um novo amigo,

Que me renove aquelas forças,

Na sombra dalgum abrigo.

1.984