REVERÊNCIA
Se a rosa se abre
Pela manhã,
Ainda lhe falta brio,
Esse frio espontâneo,
Que a veleidade acura,
Na sombra da procura,
Desata o nó solitário,
Que atava o botão
No seu despontar primeiro,
Em comparação ao vôo,
Mais breve que ligeiro,
Do inseto curioso,
Que de simples vagaroso,
Refez a sua natureza,
Realçada na beleza,
Mais cândida que doce,
Quando o inverso fosse.
1.984