Sexo oral
Sexo oral
Sexo de hora em hora, era o que ele mais queria.
Anita não podia, não queria e não sofria da mesma agonia.
Nada oral, ela dizia, tudo normal ele temia.
Acenda-me, ele pedia. Apague-me ela preferia.
Anita queria sair e comprar um novo abajur, ele já estava nu.
Mulher artesanato, cheia de coisas inúteis e com muita pintura, é o que ele procura.
Anita vive uma vida de boneca barbie made in Taiwan, é insegura, não funciona. Ele dizia
O marido clama por sexo oral, ela não vê o mal, não a leve a mal.
Ele carrega o peso do mundo consigo, Anita leva café na cama para seu marido girino.
Anita gostaria de um novo conceito, novo começo, coisas de quem ama com jeito.
O Marido boêmio não sente mais cheiro, nem dor, e rasteiro, busca sexo consigo mesmo.
Mas Anita almejava um amor verdadeiro, às vezes mudo e corriqueiro, mas de dormir cedo e carinhos sem te dar sossego.
Ela sentia medo e amargava as tardes de sábado sem ele agora
Porque ele já não mora, vive a solidão de hora em hora.
Anita ainda ama, mas morreu por fora.
Não é a mesma boneca que foi outrora
Nesse dia ela quebra e chora somente por uma única hora, da às costas e vai embora.
Jhonny
Alanjhonny79@hotmail.com