velejos do amor

o frio lá fora corta a vontade

de fazer qualquer coisa,

mas não congela o pensamento

que te traz

para bem perto de mim.

Tu que andas devolvendo

o sentido do meu viver

e me ensinando o que é amar,

como se eu estivesse

ainda no início da vida,

como se tu fosses

minha preimeira e grande paixão...

quem sabe sejas mesmo,

pois nunca se sabe

quantas tempestades a vida tem...

ontem sentí tua falta

que cheguei a chorar

hoje o mundo gira ao meu redor

briga muito comigo

e tenta me aprisionar

sou uma pessoa livre

pelo menos de pensamento

não sou de fazer guerras

sou de construir a paz

já alertei o inimigo

que o barco do amor

ancorou em outros mares

já não velejo mais sem rumos

foi então que ele, o inimigo,

ficou sozinho,

batalhando consigo mesmo

se ele quisesse construir o amor

certamente navegaríamos

na mesma direção

e as velas de meu navio negreiro

permaneceriam arriadas ao cais

da salvação, hoje dominado

pelo mal-me-quer

Beija-flor-poeta