Tudo é do coração, menos este
Ciúmes,
Um demônio;
Um tormento;
Um leproso;
Um insano
Que abre sua ferida na mente;
Corrói seu corpo e alma
Transforma beleza
Em cálidos desertos delirantes!
Transforma a paz
Em rouquidão obscura!
Inconseqüente praga que se pega
De razão efêmera
Sem lógica e padrão
Violenta e inacabável
Consome entranhas
Consome olhos; mentes
Consome amores.
Tragada das emoções
Forjada nas tentações
Climatizada de imóvel sentido
Terror!
Horror!
Espanto!
Não há
A mínima nobreza neste sentido egoísta
Nem muito o orgulho
Por ser borbulhado nas veias
Pulsado no coração
Transtorno de quadrante invariável
Pujante de malefícios
Só há...
Sorte de males em suas letras
Arrasta-te com o tempo
Queima-te com as horas
E aqui
Não é forjado.
Nem feito;
Somente é...
Caído no esquecimento!