PERCEBO
PERCEBO
Percebo . . .
uma vaga sensação de entrega,
de abandono de mim mesma.
Minhas forças parecem esvair-se
e eu descubro em mim
uma deliciosa onda de prazer, de ironia,
que pouco a pouco me domina
e parece fulminar meu corpo
minha alma, meu ser . . .
É um desejo forte de ser,
para poder, para ter,
não sei se quero ou se espero,
não sei porque mas eu gosto
deste abandono,
de me sentir dono,
de mim, que neste momento
não é nada
e, é tudo !