polpa de fruta
Noitinha recai
uma vontade me domina
subir no pé de manga
sem medo
estico os dedos
alcanço duas rechunchudas
Na ponta dos pés
Sacudi o galho
Derrubo outra
Minha coragem tem motivo
Me espera
Não vou demorar
À ultima
Seis é um bom número
Prevê a quantidade
das voltas que daremos juntos
desliza no seio desnudo
meu lábio
só carne
volume
lambuzada da fruta
mesclada com suor
desce o ventre
arrepia
contagia, inebria
toma conta do ar
um perfume forte
saboroso
na ponta da língua
suga
alimenta minha crença
aguça meus sentidos
indescritíveis
plenos
puros como o gozo.