Alma de seda

A alma de seda que recobre meu corpo

afasta do seu o amor profano.

Sou fruto doce da angústia amarga

que molha a minha boca e

me faz pensar em tudo o que não tenho.

Mergulho suavemente no desejo

do seu corpo e o reflexo da

paixão invade o instante que

passa no presente ao seu lado.

Revivo a felicidade de outrora

marcada por lágrimas que meus

olhos vertem e no contexto

de dias vazios procuro sua

presença em mim.

Me perdi entre versos de

Cecília Meirelles e me encontrei

dentro das águas dos olhos seus.

Marcadamente escrevi poemas

antes dedicados a você.

Me encontro agora no meio

do caminho, com o coração

estilhaçado e o amor a

florescer de novo no recôndito peito.

Nada posso fazer se sou a arma

que o amor usa para tirar

a paz que tanto procuro e

pouco tenho.

Resta-me apenas a poesia.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 29/01/2009
Código do texto: T1410881
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.