O ÍCARO DO AMOR…(Poema baseado ligeiramente em alguns factos reais)
Saindo do labirinto dos teus braços
Fugindo do monstro da razão
Que possui tanto de humano
Como de mítico
Arranjei asas de sonho
Para atingir uma miragem dentro de ti que me acalma
O teu cerne distante
A tua alma
E mil perigos
Mil histórias tenho para contar
Quando partilhávamos a mesma carne
Sendo o espírito
Algo secundário
Do qual nenhum de nós se queria lembrar
E foi assim…
Foi assim por mil noites
Infinitos dias
Em que eras a minha rainha
Que imperava nas tristezas
E da pele resgatavas insofismáveis alegrias
Mas houve um tempo
Em que algo de longínquo
Quis partilhar contigo
Saber os caminhos para os teus fantasmas
A rota da felicidade
Que tinhas escondido no cofre da tua interioridade
E por isso…
Por isso deixei as paisagens herméticas mas seguras do teu corpo
E às escondidas
Fiz as tais asas de suprema aspiração
Arrisquei o voo
Consegui-te alcançar
Mas o que vi queimou-me o alento
Que me fez voar
E por isso cai no mar do esquecimento
Perdendo-me de Ti
De Ti
Não me querendo mais recordar…