O ÍCARO DO AMOR…(Poema baseado ligeiramente em alguns factos reais)

Saindo do labirinto dos teus braços

Fugindo do monstro da razão

Que possui tanto de humano

Como de mítico

Arranjei asas de sonho

Para atingir uma miragem dentro de ti que me acalma

O teu cerne distante

A tua alma

E mil perigos

Mil histórias tenho para contar

Quando partilhávamos a mesma carne

Sendo o espírito

Algo secundário

Do qual nenhum de nós se queria lembrar

E foi assim…

Foi assim por mil noites

Infinitos dias

Em que eras a minha rainha

Que imperava nas tristezas

E da pele resgatavas insofismáveis alegrias

Mas houve um tempo

Em que algo de longínquo

Quis partilhar contigo

Saber os caminhos para os teus fantasmas

A rota da felicidade

Que tinhas escondido no cofre da tua interioridade

E por isso…

Por isso deixei as paisagens herméticas mas seguras do teu corpo

E às escondidas

Fiz as tais asas de suprema aspiração

Arrisquei o voo

Consegui-te alcançar

Mas o que vi queimou-me o alento

Que me fez voar

E por isso cai no mar do esquecimento

Perdendo-me de Ti

De Ti

Não me querendo mais recordar…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 28/01/2009
Código do texto: T1408741
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