PÁSSARO SOBRE HUMANO
Estranha ave
que invade a minha
alma, e faz-e hóspede
azul e branco
implora meus beijos
atravessa a alameda
do silêncio
algo provisório proclamo
não vês que tenho;
pelos, poros, e desejos
nada falo nada reclamo.
Apenas fico ao relento
imenso, e desatento
a árvore passa,
a luz, o asfalto
tudo todo dia
fico aqui;
refeito, multiplicado
anônimo, cravado
na tua geografia
vento, luz da lua
tudo igual durante o ano
e eu aqui feito um pássaro
ardente e sobre humano
Estranha ave
que invade a minha
alma, e faz-e hóspede
azul e branco
implora meus beijos
atravessa a alameda
do silêncio
algo provisório proclamo
não vês que tenho;
pelos, poros, e desejos
nada falo nada reclamo.
Apenas fico ao relento
imenso, e desatento
a árvore passa,
a luz, o asfalto
tudo todo dia
fico aqui;
refeito, multiplicado
anônimo, cravado
na tua geografia
vento, luz da lua
tudo igual durante o ano
e eu aqui feito um pássaro
ardente e sobre humano