Devaneio
Devaneio
Imersa em devaneio profundo
Fujo da solidão sem barreira
Qual pássaro livre no mundo
Minh’alma voa veloz, altaneira...
Realidade que fere ignoro
Caminho lépida ao luar
Tenho tudo, nada imploro
Brilha o amor em nosso olhar
Praia deserta, estrelas cadentes
Em seus braços quase enlouqueço
Seus beijos suaves, depois ardentes
Aplacam a sede de que padeço
Ah, Devaneio! Desperto com tristeza
Covardia é o nome certo, ideal
Pois realizo tanto proeza apenas...
Em uma redoma de cristal.
Norma Bárbara