Uma metáfora para o amor
Se eu pudesse falar
o que os olhos já não calam...
Seu eu pudesse tocar
o que as tímidas mãos tentam esconder...
Mas a destreza do tempo
não me deixa escolha...
Então, tento seguir,
calando os olhos,
silenciando o coração,
beijando a vaga
com a força que me resta;
abrindo o céu,
doce veneno azul,
na ilusão de conter
a chuva
na lágrima que cai
e corre por entre meus dedos
aflitos e vazios.