VASTAS ILUSÕES
Em sonho eu te vi,
Cabisbaixa e impaciente,
Toda em vestimenta negra,
Alumiada por uma luz,
Que, senão intensa, branda,
Oferece o esplendor lunar,
Da maneira artificial,
Porque do satélite natural,
A luz é da cor da prata,
Mesmo que o verdor da mata,
Ela se escureça um pouco,
Mas é branca e tampouco
Vai desmaiar sobre as flores,
Remediar tantas dores,
Desses adornos esplêndidos,
Que não estão nos compêndios,
Só na musicalidade da poesia,
Quando do romper doutro dia,
A sua luz luzidia desaparece,
Apenas a lembrança permanece,
Ansiando por se mais formosura.
1.984