A voz da alma
Quando ouço sua voz o coração faz
festa no peito e embriaga os sentidos.
Absorta nas palavras vindas de sua
boca a minha deseja repousar em
sua língua doce e languidamente.
O vento frio que sopra pelas janelas
desse antigo convento transformado
em salas de aula me leva ao calor
do seu corpo, ao toque suave,
macio de suas mãos.
Sou a criatura noturna que divaga
nas noites insones buscando o
consolo de poucas horas passadas
com você, na certeza que
raramente se faz presente.
Meu pensamento não está nas letras
que preciso estudar, pois concentra-se
nas linhas da sua imagem, no
sorriso de que tanto gosto.
A alma segue leve por esses espaços
abertos e nessa viagem o coração
flutua em laços que não são desfeitos.
Minha vontade se perde no arrepio
do corpo ao me lembrar do seu no meu.
Frases soltas namoram essas linhas
na tentativa do encontro, na alegria que
junta a emoção ao peito arfante.
E sua voz ecoa em meus ouvidos,
nas asas do desejo constante,
na angústia da ausência sentida.
Talvez sua voz seja a resposta
que mergulha em minha
alma simplesmente.