A voz da alma

Quando ouço sua voz o coração faz

festa no peito e embriaga os sentidos.

Absorta nas palavras vindas de sua

boca a minha deseja repousar em

sua língua doce e languidamente.

O vento frio que sopra pelas janelas

desse antigo convento transformado

em salas de aula me leva ao calor

do seu corpo, ao toque suave,

macio de suas mãos.

Sou a criatura noturna que divaga

nas noites insones buscando o

consolo de poucas horas passadas

com você, na certeza que

raramente se faz presente.

Meu pensamento não está nas letras

que preciso estudar, pois concentra-se

nas linhas da sua imagem, no

sorriso de que tanto gosto.

A alma segue leve por esses espaços

abertos e nessa viagem o coração

flutua em laços que não são desfeitos.

Minha vontade se perde no arrepio

do corpo ao me lembrar do seu no meu.

Frases soltas namoram essas linhas

na tentativa do encontro, na alegria que

junta a emoção ao peito arfante.

E sua voz ecoa em meus ouvidos,

nas asas do desejo constante,

na angústia da ausência sentida.

Talvez sua voz seja a resposta

que mergulha em minha

alma simplesmente.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 23/01/2009
Código do texto: T1399500
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.