Folhas a balançar suave, me desperta
Brisa a tocar-me a pele e chamar-me
Docemente embala-me, alma aberta
A música dolente, suspiro, a atar-me.
 
Em tal fremir, meu corpo já banhado
De gotas de suor, olhos eclipsados
As carícias sentidas, do sussurrar derramado
Em suspiros baixinhos, quase calados.
 
O silêncio é tênue, melhor companhia
As folhas a cair, é só formosura
De cor âmbar, banhada pela lua
Do anoitecer de janeiro feito em ternura.
 
Não posso deixar de louvar tamanha beleza
As cores que espocam sobre a terra
Enrubesço parto em macia leveza
Como se aos céus subisse com certeza.
 
sandra canassa
Enviado por sandra canassa em 21/01/2009
Reeditado em 10/04/2009
Código do texto: T1397398
Classificação de conteúdo: seguro