INCOMPARÁVEL MUSA
Quero indexar a mim cada atributo que em ti descubro;
Já que me recubro de teus mantos, sendo a lente laica obsessiva;
Que uso faz dessa missiva, para publicar desse soneto o uivo;
Qual lobo sob luar ruivo, sorvendo aromas deste cio que lhe aterrissa!
Vênus de meus sonhos, tua fama em mim já se tornou homérica;
Uma trombeta histérica te anuncia aos meus sentidos, incessante;
Revoada que me garante à viagem mais prazerosa e épica;
O céu te fez sem réplica, pra te elevar ao pedestal mais delirante!
Não fosse assim, como explicar o logro da natureza que te aplaude?
E esse teu desenho majestade, impondo aos corações que a ti se curvem?
Que os mares se desiludem perante ti – isso é verdade;
Pois sua vasta vaidade não passa de homenagens que te aludem!
De fato as cavidades solitárias à tua luz se obturam;
Indiscutivelmente teus fascínios perduram e não há debate em teu combate;
Tu és a nata da sumidade, destaque dentre os astros que fulguram;
Beijos sagrados por quem meus lábios juram, és minhas asas e grade!
“O mundo há de ser visto como grão se porventura eu resolvesse transcrever todos os teus atributos.”