Ironia da vida

Adianta-se a vida confinante a morte!
Rindo unido ao sepulcro caminhemos.
Negra, hiante, a porta da catacumba
Qual rosa delicada de sonhos perdida.

Corpo, esplendor sem destino, a extinção
Remete-nos a flor mais pálida conhecida
Que constantemente ronda nossa vida 
À  infinita balada, dor da perseguição.

Em seus carmins sombrios coberta vem
A pancada de martelo fúnebre e dolorida
Dos sonhos a perene embarcação da vida.

E despede-se... Lá se vão alegres mundos
Lá vem a bruxa que devora vidas e sonhos.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 20/01/2009
Reeditado em 20/01/2009
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