O SOL
O sol queima a face e por dias escondida nas nuvens do monte azul
A ilha perdida no horizonte, verde esmeralda, balança os pés no mar
Fervo o quente chá, desejosa de amor afagar, a marca do biquíni cai em nó
O esquecimento da vida liberta a natural paisagem do reflexo nos raios de luz
O imóvel vislumbra o pouso entre gaivotas nas pedras pontiagudas prontas a ruir
A aurora firma compromisso com o amanhã e a centelha acesa a espera
Afaga à tarde sedenta de passagem na frágil areia devorada ao vento
O rochedo recolhe sem cessar nas margens os barulhentos a desaguarem
Sedentos no profundo calor queimado de corpos frondosos o caminho do amor.
Búzios, 19 de janeiro de 2009