Ainda estarei aqui

Ainda estarei aqui quando

o sol dourar

o poente e a alma rasgar o

peito em sua partida.

Faço versos na penumbra da

noite que se esvai feito

a dor que sangra e machuca

as lágrimas dos olhos meus.

Tristes ais suspiram nos lábios

que não roubam mais seu

beijo, apenas experimentam

o sabor amargo da despedida.

No acorde dissonante do

canto da cigarra ouço sua

voz na respiração entrecortada

que flui na agonia do sono.

Minhas horas seguem no desespero

da solidão que faz morada em

minha casa e no silêncio do coração

o amor que não se esconde procura

pelo tempo que ainda resta.

Quisera no momento de agora

ter você ao meu lado, tocando

a pele que arde no calor

do desejo que toma conta

do corpo e faz da emoção

o espelho que reflete você

na menina dos olhos meus.

Seu relógio esquecido em

um móvel qualquer me faz

lembrar da presença de ontem

no tempo fugaz do amor.

Ainda estarei aqui quando

a chuva esconder o sol

e sua alma adormecer na

poesia dos versos meus.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 18/01/2009
Código do texto: T1391887
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