ENLAÇA-ME


Vem, enlaça-me com ternura


quero oferecer-te o que nunca fui.
O que, em mim, é leve e flui,
como o rio que sempre vai,
segue - embora ficando.

 

Vem, enlaça-me com doçura

 

 

quero oferecer-te o que não tive.
O que, em mim, é forte e vive,
como o sal das claras salinas,
colinas de luz, ardida e pura.

 

Vem, enlaça-me com loucura


quero oferecer-te o que eu tenho
e o que, em mim, é brasa e lenho,
como o desejo que não tem jeito,
implacável e, só por si, satisfeito.


Vem, enlaça-me, que estou amando


e toma-me com a tua ousadia,

esqueça os telefonemas de dia.
Vem ao pôr do sol, à luz da lua,
para que eu diga como sou sua!

 

***

Silvia Regina Costa Lima

18 de janeiro de 2009
 

SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 18/01/2009
Reeditado em 16/11/2023
Código do texto: T1391716
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