Pedra
Parada te arrebenta o tempo
Te desgasta e te fissura, mas
Continuas dura, ornamentando
Paisagem verde ou pura.
És tão sossegada, tão silenciosa
Que o poeta atônito não te canta
Em verso e prosa, apenas olha
E admira a chuva que te molha.
Em tua base moram vidas que sonham
Com a aurora, talvez não tão colorida
Quanto a paisagem que te cerca. Pedra,
Pedra, só condena tua inércia o homem
Que a árvore por imprudência derruba.
Parada te arrebenta o tempo
Te desgasta e te fissura, mas
Continuas dura, ornamentando
Paisagem verde ou pura.
És tão sossegada, tão silenciosa
Que o poeta atônito não te canta
Em verso e prosa, apenas olha
E admira a chuva que te molha.
Em tua base moram vidas que sonham
Com a aurora, talvez não tão colorida
Quanto a paisagem que te cerca. Pedra,
Pedra, só condena tua inércia o homem
Que a árvore por imprudência derruba.