Devaneios...

Quando tímida e fraca faz-se a lua

minh'alma vai, em busca dos teus olhos

pois são luzeiros rebrilhando à noite

e trazem diamantes para o chão que piso...

"- Chão de estrelas..."

Sou o espelho, onde tua alma se reflete...

Sou manso lago azul quando a noite desce...

Banha-te em mim, porque eu sou tua luz!

Ouvirás extasiado mais de mil canções

que fiz para ti e a ti eu canto...

Minh'alma é tua, como a clara lua...

Dispo-me de mim: sou apenas tua...

Há um hiato de tempo, que o tempo apagou...

O ontem faz-se "agora": os abrolhos

se tornaram flor na noite que passou...

Banha-te em mim, lago de águas mornas,

que durante tantos anos te esperou...

Nectar dos deuses tenho a oferecer,

momentos de ternura em todo o teu viver...

Lábios se procuram... Mais fortes do que nós...

O Amor é puro e imenso, seja lá qual for

o muro que divide o príncipe de sua camponesa...

Que importa ao mundo se nossa vida é presa

pelos doces liames de um imenso amor

a ponto de encontramos o passado no pesente

e poder construir o futuro, seja onde for?...

- Eu sou para ti como a fragância na flor...

Apagou-se o tempo desta imensa dor!

- Deus não nos esqueceu!...

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O meu pensamento voa livre...

- E assim revive

um tempo feliz!...

Nossos sonhos se encontram nas doces madrugadas

e fazem-se um só sonho, e este é bem maior

que a realidade!...

O sonho é real! A realidade é sombra...

A vida se tece nos sonhos que nós temos

e o sonho é que faz o que é real!

- Esta é a imensa e única verdade!

Os dias escuros já não contam mais...

"Fiat Lux!" - Fez-se a luz...

O brilho dos teus olhos, hoje tão alegres,

é tudo aquilo que ainda me seduz!...

O teu sorriso franco é vida para mim!

De tua alegria renasce a vontade

de viver, porque ainda esta "flor",

tem seu jardineiro, que a cuida com amor!

Tu me olhas com os mesmos olhos de outras eras...

E eu te vejo, "meu príncipe", tal qual eras,

a minha jóia que sempre reluz!

E o teu brilho, ilumina a flor...

Minha vida, tua vida, nossas vidas...

Meu sonho, o teu sonho, nossos sonhos,

Tudo, um ao outro nos conduz!...

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Aflor desabrochou em toda a sua pujança...

Depois, perdeu toda sua esperança

pois se desfolhou e o inverno veio...

Mas...

Como semente adormecida ela ficou,

quieta, calada... E o tempo se passou...

E a semente na terra de onde havia vindo...

Então... Após "um longo e tenebroso inverno"

de escuridão, de dor, de solidão,

gestou-se na terra onde havia vida,

Graças a um sorriso... num raio de sol...

Chegou novamente, tardia, a primavera!

Mas chegou!

E a flor

outra vez brotou!...

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Hoje

do passado que foi "pranto

fez-se o riso..."

Mas junto a cada sorriso

uma lágrima furtiva

escorre pela face...

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ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 16/01/2009
Código do texto: T1388184
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