Ponte arreada

Fui contigo passear no rio

e em cima da ponte arreada

proseamos contentes.

Enquanto tu observavas o céu

eu te olhava enternecida,

estavas divino.

O barulhinho das águas

serpenteando as pedras

soava como uma doce canção.

O céu de um azul limpo

sustentava as nuvens de algodão

onde carneirinhos se chocavam.

E a tarde descia tranquila

em busca da lua que aparecia

meia que sem jeito.

Afinal um quadro pitoresco

nos dois quase caindo da ponte,

serenamente equilibrados.

Qual mágica une os momentos

em que parece que tudo pára

no encontro de duas criaturas?

Se Deus deitou o seu olhar

e nos encontrou em devaneios

certamente descansou

Pois nestes momentos,

não existem conflitos,

apenas corações contemplativos.

Santos, SP

13/04/06

22:44 hs

Guida Linhares
Enviado por Guida Linhares em 13/04/2006
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