A TERCEIRA SINFONIA

Já não podia encarar meu próprio coração, sem renovar tão encantado som

E divagar em busca de teu tom, pra fazer música que a mim te transportasse

Preso a esse impasse, tentei pacificar o íntimo e saudoso armagedom

Contraditório e bom, pra que tua luz tão perfumada e marrom, me retornasse!

Até que imensamente fraco eu me tornei, a ponto de ser forte

E reabri o corte pra derramar das veias os teus fascínios invasores

Assim ouvi o som das flores e a orquestra sinfônica da sorte

A solidão, com seu amargo gosto de morte, fugiu ao alarido de teus tambores!

Foi tríplice melódica toda essa pródiga ventura surreal

Uma conspiração de vida letal, onde o destino toda fronteira atenua

Sem te ver te vi nua, dançando regada por tua voz tão sensual

Uma hora de alucinante festival, onde toda minh’alma foi tua!

A distância até persiste, mas nossa canção não anoitece

Só quem te conhece é que te enaltece a grandeza, ó minha linda pequena

És magnífica cena, um jardim que em meus sonhos floresce

És o sol que me aquece, amor que ao te ouvir reverdesce - és tarde morena!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 16/01/2009
Reeditado em 18/02/2013
Código do texto: T1387637
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