O que fazer quando o que se quer dizer
Não pode ser dito pelas palavras
que rolam nas estrada das noites profanas
Meu corpo envolto na bainha dos reis,
Enrolado aos seus pés, já lhe pertençe.
  
Minha alma de cetim já foi revelada,
Amar-lhe é sua sina,  ela quer lhe pertencer,
Perfume-a com os perfumes roubados
Do hálito das manhas  

Meus olhos estão perdidos nos quasares
Nas linhas do horizonte que delineiam seu rosto

No charme indiscreto da tarde quente
Na imprecisão do dia


Ah! deusa entrelace suas mãos com as minhas
Vem brincar na superfície dos desejos
Para que este calor não cesse
E nossa página nunca esteja em branco,
Quando o amor rebrotar.

Escreva um diário de amor ,
Encha-o de palavras e mimos
Sirva-me das minúcias e da fome dos desejos
Tudo que é bom está retido em nós 
Para que saciemos nossos instintos 
 
Eu celebrarei o amor, este alvorecer que não cessa,
Longe dos lençóis que revestem as manhãs,
Onde nossa respiração embaça a janelas,
Da leveza fantasiosa da imaginação

Eu celebrarei seu corpo,
Com as mãos quentes e ternas,
Escoradas nas suas ancas macias
E o coração tresloucado em frenesi,

Usarei a água límpida do amor

Para seguirmos intactos e puros
Para nossa viagem inesquecível

Leva-me contigo
Para sumirmos na imensidão dos oceanos
Que se chama eternidade
Só nós, eternamente juntos.
Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 15/01/2009
Reeditado em 19/09/2016
Código do texto: T1386957
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