O que fazer quando o que se quer dizer
Não pode ser dito pelas palavras
que rolam nas estrada das noites profanas
Meu corpo envolto na bainha dos reis,
Enrolado aos seus pés, já lhe pertençe.
Minha alma de cetim já foi revelada,
Amar-lhe é sua sina, ela quer lhe pertencer,
Perfume-a com os perfumes roubados
Do hálito das manhas
Meus olhos estão perdidos nos quasares
Nas linhas do horizonte que delineiam seu rosto
No charme indiscreto da tarde quente
Na imprecisão do dia
Ah! deusa entrelace suas mãos com as minhas
Vem brincar na superfície dos desejos
Para que este calor não cesse
E nossa página nunca esteja em branco,
Quando o amor rebrotar.
Escreva um diário de amor ,
Encha-o de palavras e mimos
Sirva-me das minúcias e da fome dos desejos
Tudo que é bom está retido em nós
Para que saciemos nossos instintos
Eu celebrarei o amor, este alvorecer que não cessa,
Longe dos lençóis que revestem as manhãs,
Onde nossa respiração embaça a janelas,
Da leveza fantasiosa da imaginação
Eu celebrarei seu corpo,
Com as mãos quentes e ternas,
Escoradas nas suas ancas macias
E o coração tresloucado em frenesi,
Usarei a água límpida do amor
Para seguirmos intactos e puros
Para nossa viagem inesquecível
Leva-me contigo
Para sumirmos na imensidão dos oceanos
Que se chama eternidade
Só nós, eternamente juntos.