LAGRIMA ESPURIA
¨¨
Dirceu, feliz foste tu!
Que tinha Marília,
O verso, a poesia,
Seco e duro, sou eu!
Que tenho um só sentir;
Uma lagrima espúria...
Um coração pedregoso,
Que não se furta a mentir,
Dirceu, teus castelos de nuvens,
Tua sublimação do térreo chão,
Tua fortuna nos lábios, tua capacidade do perdão.
Eu, faceiro, queixo ensimesmado e uma dura solidão,
Meu chão, não reconheço, quero a paz e não a mereço,
Mãos amarradas, sentidos mudos e cerviz dobrada,
Este chão em que caminho, este tempo, esta gente...
Com qual letra eu farei meu vaticínio, qual rama eu cantarei!?
Diz-me poeta: O céu é certo destino?
A boca que fala, é a mesma que ao chão é posta morta e calada?
Minha alma dita o verso, ou minhas mãos são guiadas, ao murmúrio da canção?
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Dirceu, feliz foste tu!
Que tinha Marília,
O verso, a poesia,
Seco e duro, sou eu!
Que tenho um só sentir;
Uma lagrima espúria...
Um coração pedregoso,
Que não se furta a mentir,
Dirceu, teus castelos de nuvens,
Tua sublimação do térreo chão,
Tua fortuna nos lábios, tua capacidade do perdão.
Eu, faceiro, queixo ensimesmado e uma dura solidão,
Meu chão, não reconheço, quero a paz e não a mereço,
Mãos amarradas, sentidos mudos e cerviz dobrada,
Este chão em que caminho, este tempo, esta gente...
Com qual letra eu farei meu vaticínio, qual rama eu cantarei!?
Diz-me poeta: O céu é certo destino?
A boca que fala, é a mesma que ao chão é posta morta e calada?
Minha alma dita o verso, ou minhas mãos são guiadas, ao murmúrio da canção?