LAGRIMA ESPURIA
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Dirceu, feliz foste tu!
Que tinha Marília,
O verso, a poesia,

Seco e duro, sou eu!
Que tenho um só sentir;
Uma lagrima espúria...
Um coração pedregoso,
Que não se furta a mentir,

Dirceu, teus castelos de nuvens,
Tua sublimação do térreo chão,
Tua fortuna nos lábios, tua capacidade do perdão.

Eu, faceiro, queixo ensimesmado e uma dura solidão,
Meu chão, não reconheço, quero a paz e não a mereço,
Mãos amarradas, sentidos mudos e cerviz dobrada,
Este chão em que caminho, este tempo, esta gente...
Com qual letra eu farei meu vaticínio, qual rama eu cantarei!?

Diz-me poeta: O céu é certo destino?
A boca que fala, é a mesma que ao chão é posta morta e calada?
Minha alma dita o verso, ou minhas mãos são guiadas, ao murmúrio da canção?
Olimpio de Roseh
Enviado por Olimpio de Roseh em 15/01/2009
Reeditado em 28/09/2010
Código do texto: T1386671
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