Pena e pergaminho.
A maior declaração, de todas a mais verdadeira,
Ainda que feita, com a melhor e mais sincera intenção,
Pousa fragil, sobre a lápide fria e derradeira,
Da sua rejeição!
A onda que me inspira, e me leva até o fundo do seu mar,
Ainda que seja o motivo de eu permanecer e respirar,
É pouco, pra lhe fazer acreditar em meu coração,
Ardente de paixão!
A loucura mais ousada, eu faria tudo aquilo novamente,
Pra sentir seu beijo e seus braços a enlaçar meu ser,
E descançar meus dialetos em sua boca que lindamente,
consegue me entender!
O que fazer? Eu me questiono, sobre esse meu dom.
Acho que sempre erro, se não no tema, no tom.
E entre a confusão você sempre explica tudo.
Dizendo que não ajudo!
Mas essas desconfianças vem de um outro lugar,
Onde nosso o passado, sempre lembrado, vai estar.
Pena que não se pode por um ponto final,
Nesse grande mal!
Assumi os riscos, amo você e tenho plena conciência,
De que dificilmente esse fato não terá reincidência.
Essa cena é corriqueira, na nossa relação.
Minha condenação!
O ciúme pode até ter seu espaço, dentro de você,
Mas saiba que a cura está no que você não lê.
Vou deixar minha pena e meu pergaminho guardados,
Até que os resquicios do que foi ruim, sejam apagados,
E se não houver um meio, se sempre for assim,
Pena e pergaminho, esqueçam de mim!