Pena e pergaminho.

A maior declaração, de todas a mais verdadeira,

Ainda que feita, com a melhor e mais sincera intenção,

Pousa fragil, sobre a lápide fria e derradeira,

Da sua rejeição!

A onda que me inspira, e me leva até o fundo do seu mar,

Ainda que seja o motivo de eu permanecer e respirar,

É pouco, pra lhe fazer acreditar em meu coração,

Ardente de paixão!

A loucura mais ousada, eu faria tudo aquilo novamente,

Pra sentir seu beijo e seus braços a enlaçar meu ser,

E descançar meus dialetos em sua boca que lindamente,

consegue me entender!

O que fazer? Eu me questiono, sobre esse meu dom.

Acho que sempre erro, se não no tema, no tom.

E entre a confusão você sempre explica tudo.

Dizendo que não ajudo!

Mas essas desconfianças vem de um outro lugar,

Onde nosso o passado, sempre lembrado, vai estar.

Pena que não se pode por um ponto final,

Nesse grande mal!

Assumi os riscos, amo você e tenho plena conciência,

De que dificilmente esse fato não terá reincidência.

Essa cena é corriqueira, na nossa relação.

Minha condenação!

O ciúme pode até ter seu espaço, dentro de você,

Mas saiba que a cura está no que você não lê.

Vou deixar minha pena e meu pergaminho guardados,

Até que os resquicios do que foi ruim, sejam apagados,

E se não houver um meio, se sempre for assim,

Pena e pergaminho, esqueçam de mim!

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 15/01/2009
Reeditado em 07/03/2009
Código do texto: T1386534
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