INSTANTE DE AMOR

Seu olhar me fez prisioneiro,

Em lhe conhecer, cativeiro

Prendi minha voz

Respeito a nós, a sós.

Conheci minha face mais funda

Além da moral moribunda

Trajei o paletó mais negro

Buscando seu rosto de Olímpo grego.

Num instante, o cosmo se partiu

Entre nós ele se dividiu

Senti-me fora da vida

No semblante, um toque de Midas.

Olhei-te – um grito preso no ar

Sem coragem para lhe chamar

Transpassei o vento

Acenei-te: somente um cumprimento...

Rafael Otávio Modolo
Enviado por Rafael Otávio Modolo em 15/01/2009
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