PRISMA

Não sei se é um defeito ou uma qualidade,

Esse meu modo de ser, tudo deixo transparecer.

Em meu caminho constante pela felicidade,

Vou construindo, colocando cada tijolo.

Pelas estradas por onde passo, não há verdade...

Ficaram pedaços para trás de nossos elos,

Na noite fria, vi desmoronando os castelos.

Será que algum dia sentirei este prazer?

Meu coração reflete a luz como um prisma,

Transforma as cores em meu clima.

Do arco-íris, o foco iluminando resplandece,

Mas vejo, que aqui dentro nada acontece.

O que será que estou fazendo de errado?

O espelho não me mostra o outro lado.

Meu anoitecer vai ficando mais isolado,

De carinhos, de tuas mãos abandonadas.

Minha alma sob tua áurea é transparente,

Não era para existir, me tornar tão vibrante.

O espaço aumentou a proporção da solidão,

A expectativa total em constante ebulição.

Como pode me ensinar em tão pouco tempo,

Despertando adormecidos os belos sentimentos?

Se não era para compartilhar o divertimento,

Por que retribuir com gosto tanto envolvimento?

Fabby Lima
Enviado por Fabby Lima em 15/01/2009
Reeditado em 15/01/2009
Código do texto: T1385408
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