Preciso Confessar
Preciso confessar que vou te perder
Preciso dizer que não preciso mais
De você
Confesso! Aquele terno te caiu muito bem
Tanto que não pude deixar de lembrar
Daquela piada
Em que todas as mulheres o têm
E apenas eu te enfio a faca
Cega
Deixando-o mais envelhecido pelo perdido
Tempo que te resta!
Preciso confessar que jamais fui sua
Mesmo nua;
Mesmo sendo a tua menina!
Mesmo jurando o amor àquele pranto
Tão sujo em seu fingimento, tão santo!
Tão sujeito a tão pouco...
Tão novo em seu próprio instante.
Deixa a luz penetrar o canto do quarto
Traz o manto e esquenta-me o corpo
Mudo em seu leito
De amor e tanto!
Ainda preciso confessar que não fui
Meu próprio querer
Nem tive a oportunidade de me ser
Em você (...)
Foram desejos que ficaram imersos
Pela fúria de um bandido amor
E a dor tornou-se uma angústia
Sempre que batia porta afora
E não mais te via...
Vira a sorte ; deixa-me para esclarecer a ira
Da paixão morta; da foto nossa
Que eu tinha.
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