Casa perfumada

Moro:

na delicadeza da rosa,

na sutileza de uma sonata,

no bico de um tico-tico,

na poeira sobre a cômoda,

no olhar de uma anciã,

na cabeça de um bebê,

nos ruídos da manhã,

nos braços de um trabalhador,

no chuá chuá de uma cachoeira.

Mas onde

me escondo do estrondo

do mundo, companheira,

é na casa perfumada

de sua cabeleira!

CAIO DUARTE
Enviado por CAIO DUARTE em 13/01/2009
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