Telefone (crônica)
Telefone (crônica)
Alô... Quem está ai.
Porque ligas se não fala
E fica ai sem nada me dizer
Por favor, me responda.
Será que você não sente
Que seu silêncio me faz mal
Porque toda essa tortura
Diga-me, o que, eu lhe fiz.
Pois sei, que sua ligação.
Não e engano tem um endereço.
E este endereço, sou eu.
Por favor, me diga porque faz isso.
Não aumente minha angustia.
Alô... Você ainda está ai
Não desligue, não agora, por favor.
Apenas me de uma chance
E me digas quem es e o que queres.
E o porque de tudo isso.
Estes telefonemas no meio da noite
Parecem pesadelos, que me roubam.
O direito de dormir e sonhar.
Alô... Sei que continuas ai.
Sinto seu respirar junto ao telefone.
Como sinto que estás chorando
Porque se tortura e tortura a mim
Deixe ao menos ouvir sua voz
Me, dizendo porque:
Eu tenho que sofrer assim?
Volnei R. Braga
Pelotas: 12/04/2006