O vinho
Na transcendência desta taça encarnada
Denota a silhueta de um caso antigo
Trazendo à mente turva, pensamento embebido
Dos doces beijos... corpos unidos... bocas seladas...
De uma noite, que embevecido por um perfume acre
Dá-se por completo em corpo e alma
A quem se deseja, loucamente extasiado...
Perdido em meio aos sussurros delicados
Ditos ao pé-de-ouvido, nos corpos já suados...
No rubro mundo desses álcoois inebriantes
Vermelhos sons de um prazer infindo
Tornando lindo o leito dos amados...
Amantes, quentes, devotados...
Amados, loucos, de prazer perdidos...