AGORA QUE A TENHO


Inspirado no poema QUANDO EU, de Fernando Pessoa ( Alberto Caeiro).


Quando eu não te tinha
Não olhava a Natureza
E pouco sabia de Cristo.
Agora a Natureza e a tua beleza
eu as contemplo religiosamente.
Isto é tudo isto.

Deste modo me vens assim
ó Vida, que no mar dos teus olhos vejo-a
vendo o rosto de Maria.

Vou contigo pelos campos ermos
ou em floridos caminhos
entre borboletas e pássaros.
- Não me doem os espinhos -.

Em ti repousam os meus cansaços
E a natureza nos acolhe nos seus braços.
Esqueço-me da dor que se dilui
E me arrependo de alguém que ainda não fui.

LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 12/01/2009
Reeditado em 14/02/2009
Código do texto: T1381181
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