OS INTERSTÍCIOS DO AMOR
Nos interstícios
Das tuas palavras
Da máscara que pões
Na maquilhagem
Em que ocultas
O teu ser
Eu vejo
Como Tu és
E amo-te
Da noite mais escura
Ao mais belo amanhecer
Na música que compões
Sem o querer
Só com o teu respirar
Naquela forma tão genuína
Com que gostas de ser
Mas que teimas em disfarçar
No olhar perdido
Em busca de uma prometida imensidão
Na tua crença
Que haverá sempre uma luz
Mesmo que pareça eterna a escuridão
Nas lágrimas que vertes
Da mais pura e genuína saudade
Desmentindo o teu ar fragilmente altivo
Que oculta tão mal
A tua sublime interioridade
Naquela dança que fazemos
Com as nossas mãos
Promessa de uma hipotética
E adiada união
No amor que geramos
E que desmente a tua razão
Nos beijos que damos
Que mais do que esperança
É o motivo real
Daquilo que um dia seremos
São palavras caladas
Que em cada afecto dado
O amor…
Oh, o Amor…
Prometemos…