OS INTERSTÍCIOS DO AMOR

Nos interstícios

Das tuas palavras

Da máscara que pões

Na maquilhagem

Em que ocultas

O teu ser

Eu vejo

Como Tu és

E amo-te

Da noite mais escura

Ao mais belo amanhecer

Na música que compões

Sem o querer

Só com o teu respirar

Naquela forma tão genuína

Com que gostas de ser

Mas que teimas em disfarçar

No olhar perdido

Em busca de uma prometida imensidão

Na tua crença

Que haverá sempre uma luz

Mesmo que pareça eterna a escuridão

Nas lágrimas que vertes

Da mais pura e genuína saudade

Desmentindo o teu ar fragilmente altivo

Que oculta tão mal

A tua sublime interioridade

Naquela dança que fazemos

Com as nossas mãos

Promessa de uma hipotética

E adiada união

No amor que geramos

E que desmente a tua razão

Nos beijos que damos

Que mais do que esperança

É o motivo real

Daquilo que um dia seremos

São palavras caladas

Que em cada afecto dado

O amor…

Oh, o Amor…

Prometemos…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 12/01/2009
Código do texto: T1380474
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