Noite inquieta

A noite inquieta trava a seta da aguda lamina

Que no gozo do suposto amor vem de ti a amargurada dor

Espalhando quentes teus carinhos, que talham minhas costas, meu suor

Lábios de vinhos, afirmais o poente rubro sol

As úmidas flores que consumo em teus seios

Com vermelhos frisos os doces devaneios

Espalha tua melódica doçura em meus cantos

Elevando-me em asas de luzes teu pecado amor

Enquanto fico mudo, absorto, desejando teu floral odor