Tarde que sorri

A tarde que sorri fere a minha

alma que poeticamente chora.

Que chora ao lembrar de sua

ausência presente em mim.

Onde meus dias são apenas

o reflexo da solidão que habita

o peito, dilacera o coração

na angústia sentida.

Meus olhos procuram na multidão

seu rosto e nas noites vazias

o corpo que deseja o seu

é apenas a fração do momento

que se esvai continuamente.

Não adiantam as lembranças

tardias que povoam a memória,

pois o tempo não traz você nas

horas que aflitas passeiam

nos ponteiros lentos do relógio.

Quisera nas linhas do papel

registrar o sentimento de

mim estando em você, mas

na realidade que se projeta

ainda sou apenas um

atalho em sua vida querendo

me transformar em um caminho

e tornando-me tão somente

um pequeno esboço nas

linhas frágeis de um desenho.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 11/01/2009
Código do texto: T1378947
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