A procura de um verso

Procuro um verso que se aquiete

na extremidade do papel,

que não faça barulho,

que silencie o pensamento

que tenho em ti.

Mas o verso que eclode em

mim sangra a alma em mil

cores, verte-se em poema

branco, tingido do vermelho

acre de tuas palavras.

Não há silêncio quando

o coração chora e os olhos

derramam o sal das lágrimas

perenes que pelo rosto

fazem seu percurso de

dor e saudade.

Em ti convertem-se as

palavras desse poema, e

a ti – bem o sabes – a

Poetisa dedica a procura

dos versos que ainda choram.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 11/01/2009
Código do texto: T1378944
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