A procura de um verso
Procuro um verso que se aquiete
na extremidade do papel,
que não faça barulho,
que silencie o pensamento
que tenho em ti.
Mas o verso que eclode em
mim sangra a alma em mil
cores, verte-se em poema
branco, tingido do vermelho
acre de tuas palavras.
Não há silêncio quando
o coração chora e os olhos
derramam o sal das lágrimas
perenes que pelo rosto
fazem seu percurso de
dor e saudade.
Em ti convertem-se as
palavras desse poema, e
a ti – bem o sabes – a
Poetisa dedica a procura
dos versos que ainda choram.